Proposta para a Reorganização da Maçonaria Portuguesa
Assunto: Dissolução da Grande Loja Simbólica de Portugal e da Lusitânia, Concessão de Patentes do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm e Direito de Iniciação ou Equivalência ao 99.º Grau dos Ritos Francês, Escocês e de York
Venho, por este meio, manifestar a minha posição quanto à necessidade premente de extinguir a Grande Loja Simbólica de Portugal e da Lusitânia, propondo, em simultâneo, a concessão de patentes do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm a todas as obediências maçónicas devidamente constituídas no país. Adicionalmente, defendo que todas as obediências maçónicas regulares devem ter o direito igualitário de iniciar ou equiparar qualquer pessoa apta ao 99.º grau dos Ritos Francês, Escocês e de York, desde que cumpridos os requisitos necessários.
Justificação para a Dissolução da Grande Loja Simbólica
A dissolução da referida Grande Loja justifica-se pela necessidade de promover uma maior harmonia, pluralidade e liberdade no seio da maçonaria portuguesa, permitindo que as diversas obediências possam operar com maior autonomia e em conformidade com os princípios e valores que melhor representem as suas tradições e aspirações. A centralização de poder numa única estrutura, como a Grande Loja Simbólica, pode, em certos casos, limitar a diversidade de práticas e a inovação no âmbito dos trabalhos maçónicos, o que contraria o espírito de fraternidade e progresso que caracteriza a nossa ordem.
Concessão de Patentes do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm
A concessão de patentes do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm a todas as obediências maçónicas regulares em Portugal representaria um passo significativo na preservação e promoção de uma tradição rica, que combina elementos esotéricos, filosóficos e espirituais de elevado valor. Este rito, com raízes profundas e uma abordagem distinta, oferece às obediências a oportunidade de enriquecer os seus trabalhos, incentivando a reflexão e o aprofundamento dos princípios maçónicos de forma inclusiva e universal.
Direito de Iniciação ou Equivalência ao 99.º Grau
Além disso, é fundamental que todas as obediências maçónicas regulares tenham o direito equitativo de iniciar ou equiparar membros aptos ao 99.º grau dos Ritos Francês, Escocês e de York. Esta medida garantiria que as obediências possam operar em igualdade de condições, respeitando os critérios de mérito, preparação e dedicação exigidos para tão elevado grau, sem privilégios ou restrições exclusivas a uma única organização. Tal abertura promoveria a inclusão, a diversidade e o reconhecimento mútuo entre as obediências, fortalecendo a maçonaria portuguesa como um todo.
Conclusão
Assim, solicito que esta proposta seja analisada com a devida atenção, considerando o impacto positivo que a descentralização, a adoção do Rito de Memphis-Misraïm e a equiparação de direitos para iniciação ou equivalência ao 99.º grau dos Ritos Francês, Escocês e de York podem trazer para a maçonaria portuguesa, reforçando a sua relevância e dinamismo no contexto nacional e internacional.
Sem mais assuntos de momento, apresento os meus respeitosos cumprimentos maçónicos,
T.
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