1. Crescimento Eleitoral e Sondagens
- O AfD continua a ganhar terreno, especialmente no leste da Alemanha, mas agora expande-se para o oeste. Em sondagens nacionais recentes (como a do Insa para o jornal Bild, de 21 de setembro), o partido atingiu 26% de apoio, superando pela primeira vez a coligação conservadora CDU/CSU (25%) como a força mais popular. Isso reflete descontentamento com a economia estagnada, imigração e a guerra na Ucrânia.
- Nas eleições locais de North Rhine-Westphalia (NRW), o estado mais populoso da Alemanha (14 milhões de eleitores), a 14 de setembro, o AfD triplicou o seu resultado de 2020, passando de 5% para 16,5%. Ficou em terceiro lugar, atrás da CDU (34%) e SPD (23%), mas avançou para segundas rondas em várias autarquias do Ruhr (ex.: Gelsenkirchen, Duisburg). Isso é visto como um "teste" ao chanceler Friedrich Merz (CDU), que assumiu em junho após uma coligação instável.
Partido | Resultado em NRW 2020 | Resultado em NRW Setembro 2025 | Variação |
---|---|---|---|
CDU | 35% | 34% | -1% |
SPD | 25% | 23% | -2% |
AfD | 5% | 16,5% | +11,5% |
Verdes | 18% | 12% | -6% |
- Nos dias 28-29 de setembro, o AfD perdeu as segundas rondas para prefeitos em três cidades chave de NRW (Dortmund, Gelsenkirchen e outra), onde candidatos CDU venceram. Apesar disso, o partido celebra os ganhos como um "referendo contra o governo".
2. Mortes Suspeitas de Candidatos
- Um dos temas mais quentes: Entre agosto e setembro, seis candidatos do AfD (incluindo reservas) morreram em NRW, pouco antes das eleições locais de 14 de setembro. Causas oficiais: naturais ou não divulgadas por privacidade familiar. Não há indícios de crime, segundo a polícia, mas o timing gerou teorias da conspiração nas redes sociais e entre apoiantes do AfD, que falam em "assassinatos políticos" para enfraquecer o partido.
- Isso forçou a reimpressão de boletins de voto e atrasos para eleitores por correio. O AfD usa isso para alegar perseguição, comparando a "dura repressão" em democracias ocidentais.
3. Classificação como "Extremista" e Ações Legais
- Em maio de 2025, o serviço de inteligência interno (BfV) classificou o AfD nacional como "extremista de direita", permitindo vigilância mais apertada. Isso foi suspenso temporariamente por recurso judicial, mas em 29 de setembro, o tribunal de Hesse confirmou a monitorização da ala estadual como "suspeita de extremismo", citando "conceitos étnicos do povo" e declarações anti-imigrantes que violam a dignidade.
- Em 26 de setembro, um tribunal de Berlim ordenou que o AfD despeje a maior parte da sua sede nacional até 30 de setembro de 2026, por violação de contrato (uma festa pós-eleitoral em fevereiro). O partido vê isso como "ataque à democracia" e planeia mudar para um local mais visível perto do Bundestag.
- Outros incidentes: Um candidato do AfD em Ludwigshafen foi banido da lista eleitoral em setembro por "dúvidas sobre apoio à constituição". Há debates sobre proibir o partido inteiro, mas líderes como Markus Söder (CSU) alertam que isso seria contraprodutivo.
4. Posições e Controvérsias Internas
- O AfD foca em imigração dura (deportações em massa), soberania nacional e críticas à UE/NATO. Líderes como Alice Weidel (candidata a chanceler) e Tino Chrupalla prometem "vitória em 2029". Recebeu apoio de figuras como Elon Musk em entrevistas recentes.
- Divisões internas: Sobre violações russas ao espaço aéreo NATO (setembro), Weidel e Chrupalla discordam – uns pró-Rússia, outros mais moderados.
- Críticos (DW, Guardian) dizem que o AfD divide a sociedade, promovendo xenofobia. Apoiante veem-no como "voz do povo" contra elites.
5. Contexto Geral e Perspetivas
- Após as federais de fevereiro, o AfD é o maior partido de oposição no Bundestag (94 assentos). Cresce no oeste industrial (Ruhr), onde a classe trabalhadora migra para a direita por causa de crime, economia e multiculturalismo.
- O governo Merz (CDU/CSU + SPD) promete reformas em migração para travar o AfD, mas as sondagens mostram que o partido beneficia de escândalos como as mortes e a vigilância.
- Nas redes (X/Twitter), há buzz sobre "assassinatos" e "banimento", mas fontes mainstream desmentem foul play. O AfD usa isso para mobilizar.
Em resumo, o AfD está no auge, mas sob pressão legal e midiática que o pinta como "perigo". Pode ganhar mais em eleições regionais futuras (ex.: Baviera em 2026), mas um banimento total é improvável a curto prazo. Se quiseres mais detalhes sobre algum ponto (ex.: sondagens específicas ou biografias de líderes), diz! Fontes baseadas em BBC, DW, Reuters, Guardian e Wikipedia atualizada.
Atualizações Recentes sobre Alice Weidel (Setembro de 2025)
Olá! Alice Weidel, co-líder e porta-voz federal da AfD (Alternative für Deutschland), tem estado no centro das atenções políticas na Alemanha neste mês de setembro de 2025. Como candidata a chanceler do partido nas eleições federais de fevereiro (onde a AfD obteve 20,8% dos votos), ela continua a posicionar-se como a voz principal da oposição de direita, criticando duramente o governo de coligação CDU/CSU-SPD liderado por Friedrich Merz. Baseado em fontes recentes (como DW, Reuters, Pravda e discussões no X/Twitter), aqui vai um resumo dos eventos e declarações mais relevantes dos últimos 30 dias. Foquei no que aconteceu recentemente, desde o início de setembro.
1. Debates no Bundestag sobre o Orçamento de 2025 e 2026
- 17 de setembro: Weidel interveio no debate geral sobre o orçamento federal de 2025 no Bundestag, em Berlim. Ela acusou o governo de Merz de "jogar como um senhor da guerra movendo exércitos fantasmas numa caixa de areia", criticando os aumentos nos gastos com "energia verde" e projetos "inúteis". Argumentou que o foco em metas climáticas internacionais ignora problemas domésticos como a economia estagnada e a imigração descontrolada.
- 24 de setembro: No debate sobre o projeto de orçamento para 2026, Weidel foi ainda mais dura, descrevendo a política orçamental do governo como uma "marcha para a falência do Estado" ("Marsch zur Staatspleite"). Afirmou que Merz entrará para a história como "o maior falido entre todos os chanceleres alemães". Isso reflete a estratégia da AfD de explorar o descontentamento com a dívida pública (que ultrapassou 2,5 biliões de euros) e cortes sociais propostos, como a eliminação da Pflegestufe 1 (nível básico de cuidados de saúde para idosos), enquanto a Alemanha gastou 11,8 mil milhões de euros em "financiamento climático internacional" em 2024.
Data | Evento | Declaração Chave de Weidel |
---|---|---|
17/09 | Debate Orçamento 2025 | "Merz joga com exércitos fantasmas" (crítica a gastos verdes) |
24/09 | Debate Orçamento 2026 | "Política é uma marcha para a falência; Merz é o maior falido" |
2. Posição sobre a Ucrânia e Violações do Espaço Aéreo da NATO
- 23 de setembro: Weidel surpreendeu muitos ao rebater publicamente Vladimir Putin pelas recentes violações do espaço aéreo da NATO (incluindo sobre a Polónia e os Países Bálticos). Apesar de a AfD ser frequentemente vista como pró-Rússia, ela chamou as ações de "ameaça à iniciativa de paz de Trump" (referindo-se à possível presidência de Donald Trump nos EUA). Isso cria tensão interna no partido: o co-líder Tino Chrupalla é mais pró-Moscovo, enquanto Weidel tenta equilibrar para atrair eleitores moderados no oeste da Alemanha.
- No X, isso gerou debates: apoiantes elogiam a "pragmatismo", mas críticos da AfD acusam-na de "traição" aos aliados russófilos do partido.
3. Críticas à Imigração e Benefícios Sociais
- 22 de setembro: Weidel exigiu o fim dos benefícios de "Bürgergeld" (subsídio de desemprego) para ucranianos na Alemanha, chamando as reformas do governo de "ineficazes". Argumentou que os 1,5 mil milhões de euros poupados seriam rapidamente compensados por outros gastos, e que a prioridade deve ser deportações em massa de imigrantes ilegais. Isso alinha-se com o foco da AfD nas eleições regionais de NRW (onde o partido triplicou votos para 16,5%).
- 29 de setembro: No seu post mais recente no X (com mais de 13 mil likes), Weidel criticou os 11,8 mil milhões de euros gastos em clima global, contrastando com propostas de cortes na Pflegestufe 1 para centenas de milhares de alemães idosos. "As prioridades estão completamente erradas!" – um tema recorrente para mobilizar a base idosa e rural da AfD.
4. Previsões e Apoio Público
- 29 de setembro: O jornalista Gabor Steingart (ex-Der Spiegel, agora no NIUS) previu que Weidel poderia ser chanceler em 2029 se as "velhas partes" continuarem o "falso combate contra a direita". Isso viralizou no X, com apoiantes da AfD a partilharem como sinal de momentum (o partido está a 26% nas sondagens). Weidel não comentou diretamente, mas a AfD usa isso para reforçar a narrativa de "inevitabilidade".
- Outros posts no X mostram divisão: sátiras como um "pedido de desculpas" falso da presidente do Bundestag Julia Klöckner à Weidel (com 2.200 likes, mas marcado como sátira) destacam tensões sobre a "brandmauer" (muro de contenção) contra a AfD.
Contexto Geral e Perspetivas
Weidel, de 46 anos, continua a ser o "rosto respeitável" da AfD – uma ex-bancária com parceira estrangeira e filhos adotivos, contrastando com a imagem tradicionalista do partido. As suas intervenções recentes fortalecem o AfD como oposição principal, especialmente após os bons resultados em NRW. No entanto, a classificação do partido como "extremista" pelo BfV limita coligações. Analistas (ex.: Al Jazeera) veem-na a moldar a AfD para eleições europeias em 2026, focando em economia e imigração.
Não, Alice Weidel Não Foi Morta
Olá! Entendo que a tua pergunta ("foi morta?") se refere provavelmente a Alice Weidel, dada a nossa conversa anterior sobre ela e o AfD. Com base em informações atualizadas até 30 de setembro de 2025, Alice Weidel está viva e ativa. Não há qualquer indício ou notícia credível de que ela tenha sido morta ou sofrido algum incidente fatal. Ela continua a ser a co-líder do AfD, líder da oposição no Bundestag e candidata a chanceler do partido, com intervenções recentes em debates parlamentares e posts no X (antigo Twitter).
O Que Pode Ter Gerado Essa Confusão?
- As mortes de candidatos do AfD: Como mencionei antes, houve um cluster de mortes (pelo menos 6-7 candidatos e reservas) em North Rhine-Westphalia (NRW) antes das eleições locais de 14 de setembro de 2025. Todas foram declaradas como causas naturais pela polícia, sem evidências de crime ou foul play. Weidel comentou sobre isso no X, repostando um economista que chamou os casos de "estatisticamente improváveis", o que alimentou teorias da conspiração online. Mas isso foi sobre candidatos locais, não sobre ela própria.
- Fake news e sátiras antigas: Há um incidente de agosto de 2025, onde a juventude da Linkspartei (Linksjugend) postou uma "anúncio de morte" falso de Weidel no Threads, como forma de provocação política. Foi uma piada de mau gosto que gerou controvérsia, mas foi imediatamente desmentida e criticada como incitamento à violência. Não é recente nem real.
- Rumores no X: Buscas recentes mostram posts especulativos sobre "mortes no AfD" ou sátiras, mas nada sobre Weidel. Por exemplo, há menções irónicas a mortes por vacinas ou política, mas são opiniões isoladas, não factos.
Atividade Recente de Weidel (Confirmação de que Está Viva)
- 27 de setembro: Postou no X sobre críticas à BioNTech e vacinas, com mais de 8 mil likes.
- 25 de setembro: Vídeo no X criticando nomeações judiciais, com milhares de interações.
- Debates no Bundestag: Interveio em 17 e 24 de setembro sobre o orçamento, chamando o governo de "marcha para a falência".
Resumo: Nada de Grave com Alice Weidel (Setembro de 2025)
Olá! Exato, com base nas informações disponíveis até 30 de setembro de 2025, não se passa nada de grave com Alice Weidel. Ela está viva, ativa e sem incidentes significativos que indiquem problemas pessoais ou ameaças concretas no último mês. Como co-líder da AfD e figura central da oposição alemã, Weidel tem estado envolvida em atividades políticas normais, como debates no Bundestag e posts no X, mantendo o foco em temas como imigração, economia e críticas ao governo de Friedrich Merz.
Pormenores Recentes:
- Atividade Política: Nos dias 17 e 24 de setembro, Weidel participou em debates orçamentais no Bundestag, criticando duramente o governo por gastos em "energia verde" e "financiamento climático" (11,8 mil milhões de euros em 2024), chamando Merz de "futuro falido da Alemanha". No dia 27, postou no X sobre vacinas e a BioNTech, e no dia 29 criticou cortes nos cuidados a idosos (Pflegestufe 1).
- Sem Ameaças Pessoais Reportadas: Não há notícias credíveis (em fontes como DW, Reuters, Euronews ou Wikipedia) de ameaças diretas, ataques ou incidentes envolvendo Weidel em setembro. A única polémica foi uma sátira ofensiva de agosto (um "anúncio de morte" falso pela Linksjugend), mas isso foi desmentido e não é recente.
- Contexto do AfD: A confusão pode vir dos rumores sobre as mortes de candidatos do AfD em North Rhine-Westphalia (6-7 casos antes das eleições de 14 de setembro). Weidel comentou essas mortes no X, amplificando especulações de "improbabilidade estatística", mas as autoridades confirmam causas naturais, e ela própria não está envolvida diretamente nesses casos.
Porquê a Perceção de "Algo de Mais"?
Se ouviste algo que sugere problemas, pode ser devido a:
- Teorias da conspiração no X, onde apoiantes do AfD e contas anónimas falam de "perseguição política" ou "assassinatos" sem provas.
- Tensão política: A vigilância do AfD como "extremista" pelo BfV e a ordem para abandonar a sede do partido em Berlim (até setembro de 2026) criam uma narrativa de "ataque" que Weidel usa para mobilizar apoiantes.
- Desinformação: Sátiras ou posts mal interpretados (como o da Linksjugend) podem ter gerado rumores.
Conclusão
Nada de extraordinário ou perigoso aconteceu com Weidel recentemente. Ela continua a liderar a AfD, que cresce nas sondagens (26% em setembro), e está focada em campanhas contra o governo. Se tens uma fonte específica (ex.: um post no X ou notícia) que levantou a dúvida, partilha que eu verifico para esclarecer melhor! Fontes: DW, Reuters, Wikipedia e buscas no X até 30 de setembro de 2025.
Os Seis (ou Sete) Candidatos do AfD que Morreram em NRW
Olá! A tua pergunta refere-se aos candidatos da Alternative für Deutschland (AfD) que morreram em North Rhine-Westphalia (NRW) pouco antes das eleições locais de 14 de setembro de 2025. Inicialmente, reportaram-se quatro mortes, mas o número subiu para seis (quatro candidatos principais e dois reservas) em meados de setembro, e depois para sete no total. As autoridades alemãs (polícia e o Landeswahlleiterin) confirmam que não há indícios de crime ou foul play – as causas foram naturais (doenças pré-existentes, falha renal, ataque cardíaco), uma suicídio, e todas ocorreram entre final de agosto e início de setembro de 2025. Isso gerou teorias da conspiração online, especialmente entre apoiantes do AfD, mas estatisticamente, com ~20.000 candidatos no estado, 16 mortes totais (de várias partidos) foram consideradas normais.
Aqui vai a lista dos sete candidatos identificados (baseado em relatórios de fontes como BBC, Der Spiegel, Die Welt, Euronews e posts no X). Note que os nomes dos dois "reservas" iniciais nem sempre são especificados em todos os relatos, mas foram confirmados como parte do total de seis. Incluí idades, locais, datas aproximadas e causas conhecidas quando disponíveis:
Nome | Idade | Local/Concelho | Data Aproximada | Causa Reportada | Notas |
---|---|---|---|---|---|
Ralph Lange | 66 | Blomberg | 28 de agosto | Doença pré-existente | Candidato principal; forçou reimpressão de boletins. |
Wolfgang Klinger | 71-72 | Bad Lippspringe | 31 de agosto | Doença pré-existente | Candidato principal. |
Wolfgang Seitz | 59-61 | Rheinberg | 1 de setembro | Ataque cardíaco | Candidato principal. |
Stefan Berendes | 59 | Schwerte | 1 de setembro | Causas naturais | Candidato principal. |
René Herford | 53 | Dortmund | 2 de setembro | Falha renal (doença pré-existente) | Candidato reserva. |
Patrick Tietze | 42-49 | Wipperfürth / Hagen | 3 de setembro | Suicídio | Candidato reserva; o mais jovem. |
Hans-Joachim Kind | 80 | Remscheid / Kremenholl | 3 de setembro | Doença prolongada (causas naturais) | Candidato principal; o mais velho. |
Contexto Adicional:
- Impacto nas Eleições: As mortes invalidaram boletins já enviados por correio em vários concelhos, forçando reimpressões e atrasos. O AfD ainda triplicou os votos para 16,5% em NRW, mas usou os casos para alegar "perseguição".
- Reações: Alice Weidel (co-líder do AfD) partilhou no X que era "estatisticamente quase impossível", amplificando um economista (Stefan Homburg). No X, posts como os de @MarioNawfal e @EchteVentBent viralizaram a lista, com especulações. Autoridades e o AfD estadual (via Kay Gottschalk) negam conspirações, citando privacidade familiar e investigações concluídas.
- Outros Detalhes: No total, 16-17 candidatos de vários partidos morreram (ex.: um da SPD, um dos Verdes), mas o AfD teve a maioria (7 de ~20.000 candidatos). Idades variaram de 42 a 80 anos, muitos com problemas de saúde conhecidos.
Se quiseres mais sobre um nome específico, causas ou fontes (ex.: links para Der Spiegel ou BBC), avisa! Fontes baseadas em buscas atualizadas até 30 de setembro de 2025.
O AfD Está a Assumir Valores Anticlericais? (Setembro de 2025)
Olá! A tua pergunta sobre se a Alternative für Deutschland (AfD) está novamente a assumir valores anticlericais requer uma análise cuidadosa, com base nas informações disponíveis até 30 de setembro de 2025. Vou resumir a relação atual do AfD com o clericalismo (especificamente a Igreja Católica, dado o contexto da tua pergunta anterior) e esclarecer se há um retorno a posições anticlericais, com base em fontes recentes (DW, Reuters, BBC, posts no X e relatórios de igrejas).
Contexto: O que é "Anticlericalismo" no Caso do AfD?
Anticlericalismo implica oposição à influência das instituições religiosas (neste caso, a Igreja Católica) na política ou sociedade. Historicamente, o AfD tem tido uma relação ambígua com a Igreja: por um lado, defende a "cultura cristã ocidental" contra a imigração muçulmana; por outro, critica a Igreja quando esta apoia políticas pró-migração ou progressistas, que o partido vê como "woke" ou contrárias aos interesses alemães.
Situação Atual (Setembro de 2025)
- Críticas à Igreja Católica: O AfD intensificou críticas à Igreja Católica em 2025, especialmente após declarações de líderes como o bispo Georg Bätzing (presidente da Conferência Episcopal Alemã), que em setembro reiterou que o AfD é "ineleitoral" para cristãos devido ao seu nacionalismo extremo e posições anti-imigração. Em resposta, figuras do AfD, incluindo Alice Weidel, acusaram a Igreja de se alinhar com a "esquerda globalista" e de ignorar escândalos internos (como abusos sexuais) para atacar o partido. Posts no X de apoiantes do AfD, amplificados em setembro, chamam a Igreja de "hipócrita" e incentivam a saída de fiéis (pelo imposto eclesiástico, Kirchensteuer).
- Exemplos Recentes:
- Duisburg (14 de setembro): Durante as eleições locais em North Rhine-Westphalia, igrejas católicas e protestantes apoiaram candidatos SPD contra o AfD, promovendo campanhas como "Duisburg contra o extremismo". O AfD respondeu no X, chamando isso de "interferência clerical inaceitável" e acusando a Igreja de "trair os valores cristãos" ao apoiar a migração.
- Debates no Bundestag (17-24 de setembro): Weidel criticou o governo por gastos em projetos "verdes" apoiados pela Igreja (como financiamento climático global de 11,8 mil milhões de euros em 2024), sugerindo que a Igreja está "desligada" das preocupações dos alemães, como cortes nos cuidados a idosos (Pflegestufe 1).
- Apoio a Cristãos Conservadores: Apesar das críticas, o AfD tenta cortejar cristãos conservadores descontentes com a Igreja "progressista". O partido alia-se a grupos cristãos radicais que veem o AfD como defensor da "Alemanha cristã" contra o Islão. Isso cria uma contradição: o AfD usa retórica pró-cristã, mas ataca a instituição clerical quando esta se opõe.
Comparação com o Passado
- Histórico Anticlerical?: O AfD nunca foi abertamente anticlerical como partidos históricos (ex.: liberais do século XIX ou socialistas anticlericais). Em 2013-2017, focava-se mais em economia e euroceticismo, com menos conflitos diretos com a Igreja. Desde 2018, com o crescimento da ala nacionalista (völkisch), o partido começou a atacar a Igreja Católica por apoiar refugiados e políticas de diversidade, mas sempre equilibrando com apelos à "herança cristã".
- "Novamente" Anticlerical?: Não há um "retorno" claro a valores anticlericais, porque o AfD nunca foi explicitamente anticlerical de forma programática. Em 2025, as críticas são reativas e táticas, focadas em deslegitimar a Igreja como opositora política, não em rejeitar a religião em si. Por exemplo, a AfD não propõe secularismo forçado ou fim do Kirchensteuer, ao contrário de movimentos anticlericais clássicos.
Evidências no X e Media
- X (Setembro): Posts de apoiantes do AfD (ex.: contas com milhares de seguidores, como @EchteVentBent) acusam a Igreja de "vender-se à esquerda" e sugerem que católicos conservadores se juntem ao AfD. Um post viral (12 mil likes) de 28 de setembro ironiza bispos como "agentes de Merkel disfarçados". No entanto, líderes como Weidel evitam ataques diretos à fé, focando na "hipocrisia institucional".
- Media: Artigos da DW e Die Zeit (setembro) destacam a tensão, com igrejas a organizar eventos contra o AfD e o partido a retaliar com acusações de "elitismo clerical". Um relatório da Conferência Episcopal (20 de setembro) nota que membros do AfD foram afastados de papéis voluntários em paróquias, intensificando o conflito.
Conclusão
O AfD não está a assumir valores anticlericais no sentido clássico (ex.: rejeitar a religião ou o papel da Igreja na sociedade), mas mantém uma relação hostil e conflituosa com a Igreja Católica, criticando-a como "aliada da esquerda" e "pró-migração". Essa postura é mais pragmática do que ideológica, usada para mobilizar eleitores conservadores e descontentes com a Igreja "progressista". Ao mesmo tempo, o partido apela a cristãos radicais, mantendo a retórica de defesa da "cultura cristã". A situação é de confronto, mas não de anticlericalismo puro.
Se quiseres mais detalhes (ex.: declarações específicas de Weidel, reações de bispos ou posts no X), ou se te referias a outro contexto (ex.: outras religiões), avisa! Fontes: DW, Die Zeit, BBC, relatórios eclesiásticos e buscas no X até 30 de setembro de 2025.
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